QUATRO ANOS DE PRESCRIÇÃO DO ASSASSINATO DO DEP. ABRAÃO GOMES

O Deputado Estadual Francisco Abraão Gomes de Oliveira, era uma pessoa influente, que frequentava as rodas sociais do Piauí. Tombou sem vida pelas mãos de dois homens que o mataram com tiros de escopeta, na porta de sua casa, no bairro Planalto Ininga, zona leste de Teresina, no final da tarde do dia 29 de agosto de 1989. Ele retornava da Assembleia Legislativa do Piauí.

Quinze meses após o assassinato do deputado, a polícia começou a montar o“quebra-cabeça”, ao prender no município de Rio Maria, no Pará, o pistoleiro Alcides Nery do Prado, que na época tinha 61 anos. Ele confessou detalhes do crime, apresentou provas, contou os motivos. Foi o único que permaneceu preso e que foi julgado e condenado. O policial Civil, Cardoso Moreira da Silva, que teria dado fuga aos pistoleiros Alcides Nery e outro conhecido como Joaquim, que participou da execução, nunca foi encontrado. Joaquim, também evaporou.

O homem que foi apontado pelas investigações como mandante é Virgilio Barcelar. O crime,segundo a polícia, teria se originado na cidade de Porto, onde os Barcelar iriam disputar a prefeitura municipal com Abraão Gomese o teriam eliminado para não perder o pleito. Virgilio entrou com recursos e nunca foi preso. Hoje ele é advogado, na época do crime era delegado da Polícia Civil do Piauí. O crime prescreveu no dia 29 de agosto de 2008, fazendo hoje quatro anos de prescrição.

“Durante a acareação com Virgílio Barcelar, o pistoleiro Alcides Nery disse uma frase que já mais saiu da cabeça de Vital Araújo, na época, superintendente da policia civil:” Meu filho conte logo; nós não combinamos de matar o homem? “Conte logo, não vamos passar por isso aqui não”.

A cada noite que cai, a cada dia que passa, é uma vitória para quem deve a Justiça e espera que o crime caduque para poder soltar em ‘alto e bom tom’ o grito da impunidade.

FONTE DA NOTÍCIA: http://www.portalaz.com.br/noticia/policia/86630